Por que não cozinhamos mais? O motivo é simples: Tempo. Com o corre-corre do dia a dia fica cada vez mais difícil estabelecer uma rotina diária de refeições feitas em casa. Produzindo comida de verdade, sem ultra-processados e aditivos sintéticos. Hábito saudável e aglutinador de relacionamentos e experiências.
Em contra partida ainda tem outros agentes. Quem cozinha todos os dias e em enormes quantidades? A indústria alimentícia. Ela viu a necessidade da população de COMER e criou um negócio multi-bilionário focando este mercado do qual todos fazemos parte. E como fazer dinheiro com isso? Simples. Produção em massa, ingredientes de baixo custo e muito marketing.
O problema é que para produzir pratos agradáveis ao consumidor (esqueça saudável, mesmo que indicado no rótulo) são adicionados aglutinadores de sabor, sal , açúcar e gordura em excesso. Esses aditivos cativaram e estragaram nosso paladar. Fora os conservantes, espessantes, hidrogenantes, corantes e aminoácidos de origem sintética. Eles causam câncer e outras doenças? sim. Mas é tarde para voltar atrás. Já foi autorizado pelos órgãos reguladores e a população não para de crescer. Ou seja, mais fácil alimentar o povo, mesmo que mal, do que deixá-los sem opção. E cria-se um sistema de saúde para curar os novos males causados de “origem desconhecida”. Leia o post sobre carne para saber mais.
Então temos uma indústria multi-bilionária produzindo comida para a população e se adaptando e desenvolvendo a cada ano, época, tendência.
Por que salivamos ao ver uma porção de batatas fritas do McDonalds? É um de nossos mais primitivos instintos. Uma descarga massiva de dopamina no cérebro criando sensação de euforia, satisfação, conquista. É como ganhar na Mega Sena. O homo erectus, o habilis e outros anteriores salivavam ao ver uma potencial refeição. Eram oportunistas e se alimentavam do que conseguiam e sem regularidade. Necessitavam fazer uma reserva de gordura para passar períodos sem comida. E é a dopamina que os movia.
Hoje, com as comodidades da vida moderna e regularidade das refeições não é necessária essa reserva de gordura. Mas a Dopamina é difícil de esquecer. Além dos carbos em excesso que produzem picos de energia e açúcar no sangue. Picos porque baixam rapidamente e nos faz querer mais, como um junkie sedento por mais droga. E é isso que essa cadeia de fábricas e fast-foods faz. Engenharia reversa do desejo humano para fazê-lo consumir mais e mais.
Como consequência você tem quase 9% da população brasileira hoje afetada por diabetes tipo 1 e 2. Inclusive em crianças! Há 40 anos atrás nenhuma criança tinha diabetes tipo 2. Hoje é normal. Aliás hiperatividade, déficit de atenção, depressão infantis hoje são comuns. (dados de 1 ano antes da pandemia. Agora só Deus sabe)
E a obesidade? Só em adultos esse número mais que dobrou nos últimos 16 anos. Hoje 1 em cada 4 adultos tem obesidade em algum grau. Já as crianças 33,5% das crianças de 5 a 9 anos e 21,5% dos adolescentes de 10 a 19 anos estavam com excesso de peso antes da pandemia.
O que podemos fazer?
Voltar para a cozinha! Criar cardápios, refeições nutritivas e melhorar a qualidade de vida de nossas famílias. Use ingredientes naturais. Comuns. Baratos e fáceis de encontrar. Desenvolva seus sabores, aglutine em uma refeição, alimente sua família. Aqui você encontrará receitas fáceis e balanceadas para melhor cuidar de seus entes queridos.
Cozinhe mais e Bom Apetite!